Chega de tanta baboseira na Escola

Resumo: Nesse texto em que tento comemorar mais um 15 de outubro, venho chamar a atenção do pessoal ligado às escolas e a população brasileira como um todo da necessidade de que sejam estabelecidos limites e regras para o que estão querendo colocar atualmente dentro das escolas brasileiras para doutrinação da sociedade. É preciso que a sociedade brasileira fique atenta aos absurdos que estão tentando estabelecer como regras para as escolas desse país.


 

Chega de tanta baboseira na Escola**

Neste 15 de outubro, quero chamar a atenção para a figura do professor como indivíduo inserido na sua Comunidade e na Sociedade como um todo. Estamos vivendo momentos pouco interessantes de discussões fúteis que têm procurado mudar o foco da Educação para outros objetivos menos nobres e nada importantes, com o pretexto de estabelecer discussões político-sociais de relevância duvidosa, as quais também não fazem o mínimo significado dentro de uma escola, como instituição de ensino e de educação. Estou me referindo a esse emaranhado de baboseiras sobre ideologia de gênero, escola sem partido, homofobia, racismo, chauvinismo, machismo, empoderamento feminino e outras babaquices de menor importância sociológica e sem importância nenhuma dentro da escola que têm sido muito faladas atualmente.

Aliás, antes que me critiquem, deixem eu primeiramente me defender. Entendo que a escola é um local importante para a formação cidadã, mas não de imposição programada de pensamentos e filosofias particulares. É na escola que se deve conhecer as coisas, mas não é na escola que se deve ser dirigido a esse ou aquele caminho, sobre essa ou aquela coisa.  Essa mania desses sujeitos da pseudoesquerda brasileira que anda por aí desorientada, querendo condicionar a população em geral na ideia de que as pessoas que não pensam como elas querem que pensem, não podem e, o que é pior, não devem existir. Isso mesmo não devem existir, pois alguns desses sujeitos chegam mesmo a sugerir a morte dos que pensam de maneira diferente deles. Infelizmente a maioria desse pessoal é que não parece ser capaz de pensar, pois sequer tem parado para refletir sobre algumas dessas posturas radicais, violentas e agressivas que têm constantemente conduzido, em prol de questões menores e, com o agravo de estar relacionando tudo isso com a escola e com a educação.

Ora, vamos ser francos, esse povo não sabe, de fato, o que é educação, até porque votou no safado do Lula e em seus seguidores, que sempre foram avessos ao tema educação, pois se gabam de nunca terem estudado e mesmo assim terem conseguido chegar ao poder. Talvez seja por isso mesmo que tenham feito tanto mal ao país e ao povo brasileiro, como estamos descobrindo cotidianamente. Mas, vamos deixar isso de lado, voltar ao nosso assunto presente e seguir em frente.

Daqui para frente, vou pontuar e discutir a respeito de meu pensamento pessoal sobre determinados aspectos referentes a alguns dos temas citados acima. Se achar que devem, me processem, mas acho que ainda tenho direito de pensar e como educador, tenho a obrigação de dizer aquilo que penso. O que não posso, não devo e não quero, como educador, é fazer proselitismo de minhas ideias, tentando fazer delas regras, mas, posso e devo sim, falar sobre elas e emitir minhas opiniões.

Com relação a Homofobia, realmente não dá para dizer que não existam pessoas que sejam lamentável e efetivamente homofóbicas, porque isso é um fato, embora triste, mais que comprovado. Entretanto, será que é na escola que surge esse sentimento absurdo ou é a própria sociedade que impõe essa questão? Eu tenho certeza que não é na escola que isso se origina. A meu ver, essa questão transcende e muito, aos limites da escola.

Vejam bem, na comunidade escola, as pessoas envolvidas, ou seja, os alunos, os professores e os funcionários, devem viver e conviver, independentemente da escolha sexual que tenham e isso, a meu ver acontece muito bem. Não creio que a escola seja o foco principal da Homofobia, até porque, dependendo da faixa etária, essa questão ainda é pouco entendida pelos próprios estudantes e não há porque fazer barulho, nem dar qualquer destaque a esse fato, já que ele é um ilustre desconhecido da maioria, ou seja, os alunos.

Na escola, só se deve dar destaque àquilo que é importante para os alunos e para a educação deles. Penso que está questão da Homofobia é uma condição lamentável e que infelizmente é comum para muito humanos, mas a comunidade escola aceita e supera muito bem as opções sexuais de quem quer que seja dentro de sua comunidade. Em suma, dentro das escolas Homofobia não existe e, se não existe, não pode ser considerada como um problema. A opção sexual de cada um é um problema de cada um e não da escola ou da educação escolar.

Já a Ideologia de gênero, esse sim é um absurdo sem tamanho, que foi criado apenas para traduzir anseios de algumas pessoas com problemas de ajustes psicossociais em função de seus interesses e afinidades sexuais. Para começar é melhor lembrar que eu já procurei deixar claro, na questão anterior que não sou contra nenhuma posição sexual de quem quer que seja. Entretanto, devo dizer que é fundamental entendermos que a nossa espécie pertence ao gênero Homo, que resolvemos traduzir como Gênero Humano e que não existe outro gênero e nem espécies de humanos. No passado até existiram outras espécies, mas atualmente somos uma única espécie humana, denominada de Homo sapiens.

Agora, por outro lado, também é preciso ser entendido que todas as espécies que compuseram o gênero humano, inclusive a espécie atual, é composta de indivíduos de sexos separados, isto é, somos uma espécie dioica, (unissexuada), onde os indivíduos possuem individualmente apenas e tão somente um único sexo, dos dois sexos que existem na natureza: o sexo masculino (homem) ou o sexo feminino (mulher). Na natureza também existem espécies Monoicas (Hermafroditas), em que um indivíduo possui os dois sexos, mas essa situação efetivamente não existe nos seres humanos. Podem ocorrer até casos de pseudo-hermafroditismo masculino ou feminino, porém, mesmo assim o sexo fisiológico nos humanos é apenas um, masculino ou feminino. Assim, a condição dioica representada é a única possível e aceitável para a espécie humana, biologicamente falando. Entretanto, agora estão querendo contrariar a Biologia, criando situações intermediárias biologicamente inexistentes. Desculpem-me pelo pleonasmo e pela redundância, mas, ao meu ver, ambos são extremamente necessários para o entendimento dessa questão.

Na verdade, penso que estão confundindo opção sexual, com gênero e com sexo e, a partir disso, estão criando uma série de absurdos e incoerências, as quais ficam mais violentas e desagradáveis quando querem enfiar isso goela abaixo das demais pessoas. E tudo fica mais violento ainda, quando se quer que isso seja discutido dentro das escolas, porque muitos insistem que essa é uma questão de educação, o que certamente não é verdade. Essa é uma questão que está mais para um erro conceitual ou para uma desvirtualização intencionada da verdade, a fim de defender questões ideológicas desconexas e justificar os padrões de comportamento antibiológico que se quer inserir por força na sociedade.

Vejam bem, eu não estou querendo dizer que não existam modificações psíquico-sociais fora do padrão biológico básico, o que estou dizendo é que não se pode querer enquadrar essas situações diferentes como regras. Obviamente existem pessoas que têm um sexo biológico e um sexo mental (psíquico-social) diferente, mas de qualquer maneira essas pessoas sempre são, biológica e primariamente, masculinas ou femininas, não tem como ser diferente, à luz da Biologia. Nenhum homem que tenha sexo psíquico feminino vai poder biologicamente ser mãe, assim como nenhuma mulher que tenha sexo psíquico masculino vai poder ser pai. Essa é uma verdade biológica e natural que derruba e transcende qualquer tentativa de conceituação artificializada sobre essa questão.

Na aula de Biologia se aprenderá sempre Biologia e na aula de Sociologia se aprenderá sempre Sociologia, mas ninguém deverá discutir questões de ordem ou de interesse pessoal, porque assim a escola estará fugindo ao seu propósito precípuo, qual seja a educação e o ensino coletivo e comunitário. Desta maneira, questões sócio-políticas, de interesse pessoal, não devem ser tratadas direta e abertamente na escola, mormente no nível fundamental do ensino como querem alguns e muito menos devem ser intermediadas como sendo questões de interesse prioritários à sociedade, que certamente não são. A sociedade tem coisas mais importantes com que se preocupar, independentemente das novelas da rede globo e dos interesses pessoais de alguns indivíduos.

Essa questão de ideologia de gênero também não é um problema das escolas, mas é um problema que algumas pessoas tem e que alguns mal-intencionados estão tentando levar para as escolas, a fim de aflorar primariamente a sexualidade das crianças, para ganhar mais apoio e tentar justificar a incoerência daquilo que tentam defender e isso sim é que deve ser tratado com atenção por parte da sociedade e da justiça.

Outra questão absurda é a tal da “escola sem partido”, expressão que em si mesma acaba sendo um pleonasmo, porque de fato nenhuma escola é, nem pode ser vinculada diretamente a qualquer partido. A escola necessariamente tem que ser livre e isenta. Quando alguém fala em “escola sem partido”, na verdade está querendo dizer “escola sem doutrinação ideológica”, como aliás, também deve ser qualquer escola. Isto é, sem tentar impor filosofia de gênero, homofobia, racismo ou outro tipo qualquer de orientação para um fim definido.

Pois então, da mesma maneira que ninguém quer que seu filho seja orientado incorretamente a cometer um crime, também ninguém quer que seu filho seja instigado a seguir tal conduta, condição ou partido político. Dessa forma, toda escola tem que ser efetivamente sem partido e sem doutrinação ideológica, para continuar sendo uma escola de fato e de direito. Por isso mesmo, essas coisas também não devem e nem podem ser discutidas com as crianças nas escolas.

O Racismo é outra questão que o homem poderia acabar se apenas observasse o que acontece no comportamento animal e não precisaria fazer uso das escolas para discutir essa questão. Imagine que existe uma onça albina, uma onça pigmentada, com sua coloração mais comum, e uma onça negra. Agora, por favor, pare de imaginar, porque isso é um fato que existe mesmo e podem acreditar: nenhuma onça se sente mais ou menos onça do que outra apenas por ter uma coloração diferente.

É simples para as onças e deve ser simples também para os humanos, basta querer entender que a coloração é um aspecto desenvolvido por adaptação ambiental ao longo da evolução de nossa espécie, mas como nossa espécie transcendeu os limites das barreiras geográficas e culturais que separavam os grupos, a mistura se estabeleceu entre as diferentes raças humanas e a coloração, que nunca teve, passou a ter menos sentido diferencial ainda entre os humanos. É bom lembrar que esse fato também aconteceu com outros aspectos morfológicos, fisiológicos e até mesmo com algumas características culturais.

Meus amigos, esse tipo de situação ocorre tanto com onças, quanto com homens e obviamente com quaisquer outros animais. O Racismo é uma aberração da mente de alguns humanos, que além de não fazer sentido social, também não faz qualquer sentido biológico e não pode ser fator de relevância numa escola.

O Chauvinismo também é um outro aspecto que para muitos deve ser tratado na escola e eu penso que não deva, exatamente porque o patriotismo é fundamental e a escola deve ensinar sim, mas a exacerbação do patriotismo ou de outra causa qualquer, como alguns grupos tem se tentado inserir, não é fundamento da escola e muito menos motivo de educação. Aliás, talvez seja de deseducação, de fanatismo e de irresponsabilidade civil. Não se pode discutir, por exemplo, o erro do nazismo propondo um outro modelo semelhante. A escola deve informar, mas não pode tomar partido para esse ou para aquele aspecto. Qualquer defesa insistente, forçada, abusiva e tendenciosa de qualquer argumento específico não cabe ser discutida na escola

O Machismo é uma maneira infeliz que alguns idiotas ainda têm, de achar que o homem é o representante do sexo superior da espécie, isto é, que o sexo masculino é mais importante que o feminino e por isso mesmo, deve ter mais poderes. Lamentavelmente ainda existem países e culturas que alimentam essa idiotice. Nos últimos anos as mulheres puderam, por si sós, demonstrar que esse tipo de pensamento, além de ser um grave preconceito, é também uma grande besteira e se existe alguém que ainda pense desse maneira em nossa sociedade, isso é motivo de ação criminal e não de aprendizado escolar.

Entretanto, em contra partida ao machismo, uma das expressões que mais se escuta atualmente é “o empoderamento feminino”, como se a mulher precisasse de poder para demonstrar o que efetivamente é, ou seja, que é um ser humano, assim como o homem, dotado de todos os mesmos predicados.  Não existe esse tal “empoderamento feminino”, existe sim as mulheres e homens que fazem e aqueles que não fazem a diferença. A escola deve tratar as pessoas como pessoas, independentemente do sexo.

Ora, se eu não se quer falar de machismo, também não se deve falar de empoderamento feminino, porque essas duas coisas se equivalem na essência e uma é tão preconceituosa quanto a outra. Na verdade, o que existe é o ser humano, que é representado indistintamente pelo homem e pela mulher, todo o resto é balela e discussão sem fundamento. É preciso pensar sim em justiça social, mas não em tratamento sexual diferenciado da sociedade e da justiça para os dois sexos.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelecidos pela ONU em 1948, que vai fazer 70 anos no ano que vem, já estabeleceu os critérios fundamentais de igualdade entre todos os humanos independentemente de sexo, raça, origem e se há concordância com a declaração, então não existe necessidade de se ficar rediscutindo sobre essas coisas, basta apenas se seguir o que está estabelecido. Agora, para quem não está em concordância com a declaração, aí é que talvez haja necessidade de propor mudanças. Mas, as escolas também não são os lugares devidos para manifestar diretamente essas propostas particulares de mudanças.

Bem, enfim, vou ficar por aqui, até porque acho que já fui muito repetitivo. Pois então, a escola não é o local prioritário e devido para se discutir sobre questões já estabelecidas e ajustadas na sociedade. A escola é o local primário de educação, cultura, ensino e aprendizado, qualquer outra discussão deve ter caráter apenas informativo, principalmente quando se trata com crianças e jovens, que estão na escola para aprender sobre as matérias escolares e não para serem adestrados sobre ideologias. Enquanto continuarmos fazendo da escola mais um motivo para discussões políticas, nossas crianças ficarão cada vez mais confusas e serão sempre mais incapazes do que as crianças de outros países, que vão à escola apenas para estudar e aprender. Questões outras, que fogem ao foco educacional não têm, de maneira nenhuma, que ser inserida na formação de nossos jovens por via escolar.

O mal cidadão, que lamentavelmente cada vez mais se vivifica em nosso país, certamente é fruto desse absurdo que se criou, de tentar confundir escola com centro político e de agir para transformar as escolas em bases eleitorais do partido “A” ou do partido “B”. O coronelismo dos guetos do poder, tradicional em algumas regiões desse país e que foi tão combatido no passado, parece que agora está migrando para dentro das escolas com nova maquiagem e até parece que hoje muitos não estão mais querendo combater essa forma drástica de transgressão da liberdade humana. O pior de tudo é que os grupos interessados nessa maquiagem estão usando as crianças e os jovens, dentro das escolas, tristemente com o apoio de alguns “professores”, que acabam servindo como massa de manobra dos interesses mais mesquinhos e promíscuos.

Senhores Professores, nesse 15 de outubro deem um basta a esses absurdos que estão criando e dizendo por aí, voltemos a fazer das escolas um lugar de aprendizagem intelectual e não de discussão política de baixo nível, para defender os interesses de qualquer grupo social ou de quem quer que seja. A grande maioria das escolas, particularmente as escolas públicas, se transformaram em antros perniciosos exatamente por conta disso. A mistura proposital e a confusão conceitual entre o certo e o errado, entre cidadão de bem e o bandido, prospectada por essas discussões absurdas fizeram da escola essa balbúrdia progressiva e essa desordem catastrófica. Esse fato tem que ser combatido e contido o mais rápido possível. É preciso voltar as ações para tentar colocar a educação novamente nos eixos.

A escola necessita urgentemente ser escola outra vez, para que o país possa começar a sair do atoleiro em que se meteu. Isso só será possível se abolirmos de uma vez por todas certas questões perniciosas que só comprometem a escola e a qualidade do processo de ensino-aprendizagem como um todo.

Meus amigos, pensem nisso e ajam proativamente contra essa situação, se quiserem, como eu, um Brasil melhor no futuro, porque do contrário infelizmente continuaremos andando para trás e sendo motivo de chacota do resto do mundo. Por favor, reflitam profundamente sobre essas questões e para aqueles, que como eu, ainda têm lutado bastante pelas escolas desse país, porque ainda acreditam no Brasil e na educação como principal fonte de solução dos nossos problemas, deixo aqui o meu desejo verdadeiro de um Feliz Dia dos Professores.

 Luiz Eduardo Corrêa Lima **Discurso proferido no dia 13/10/2017, em comemoração ao dia dos professores.

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1 comentário(s)

  1. Muito esclarecedor seu texto professor Luiz. 👏👏👏

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